Linha do Tempo: IA na Educação

Recentemente, a Inteligência Artificial (IA) tem sido um grande tópico de conversa em vários setores do mercado, contudo, esse termo existe desde a década de 1950, quando foi introduzido na conferência de Dartmouth. Este evento marcou o início do estudo sistemático de máquinas que poderiam simular aspectos da inteligência humana. Na educação, o impacto dessa tecnologia começou a se manifestar de maneira significativa algumas décadas mais tarde, à medida que computadores se tornaram mais acessíveis e a pesquisa em IA avançou.

Nos anos entre 1980 e 1990, foi quando realmente começaram a se ter mais pesquisas sobre o uso dessa tecnologia no âmbito da educação. O interesse pelo desenvolvimento de sistemas tutores inteligentes (STI) deu a possibilidade para a criação do LISP Tutor, desenvolvido em 1983, que é um exemplo prático desse tipo de sistema, capaz de identificar erros nos exercícios dos alunos e oferecer feedback construtivo, o que reduzia o tempo necessário para completar os exercícios e aumentava as pontuações nos testes dos estudantes. Durante o mesmo período, outros sistemas de ITS começaram a ser desenvolvidos, incluindo o TUTOR criado pela Logica, lançado em 1984 como uma ferramenta de ensino geral, e o PARNASSUS, criado na Carnegie Mellon University em 1989, focado no ensino de idiomas. Além disso, desde o final da década de 1990, empresas como a Educational Testing Service e a Pearson têm desenvolvido ferramentas automáticas de avaliação de PNL para avaliar conjuntamente redações em testes padronizados.

Nos anos 2000, quando os computadores começaram a ser mais usados pelo público geral também houveram mais desdobramentos na área. As ferramentas de busca como o Google, Bing e Yahoo tornaram-se um importante instrumento de trabalho e estudo para professores e estudantes, e isso continua até hoje. Outros temas como previsão do desempenho dos alunos, sistemas de aula personalizados entre outros. Na década de 2010, Cursos abertos e gratuitos, os MOOCs e outros modelos de educação on-line, e o uso de ferramentas como Wikipedia e Khan Academy, bem como sistemas sofisticados de gerenciamento de aprendizagem, ganharam notoriedade. Muitos dos MOOCs que se tornaram tão populares, incluindo aqueles criados por EdX, Coursera e Udacity, estão fazendo uso de NLP, aprendizado de máquina e técnicas de crowdsourcing para avaliar respostas curtas e questões dissertativas, bem como tarefas de programação. Embora não sejam líderes em sistemas e aplicações suportados por IA, tornam-se os primeiros a adotar à medida que as tecnologias forem testadas e validadas.

Nos dias atuais, a chegada do chatgpt em novembro de 2022 foi um grande disruptor nos métodos tradicionais de ensino e aprendizagem. O ChatGPT, uma ferramenta de processamento de linguagem natural baseada em modelos de aprendizado de máquina avançados, oferece a capacidade de interagir com os usuários em linguagem natural, proporcionando um recurso educacional poderoso. Educadores e estudantes agora podem acessar assistência instantânea para esclarecimentos de dúvidas, tutoria em tempo real, e até mesmo para a elaboração de materiais didáticos mais engajadores e personalizados.

Olhando para o futuro, espera-se que a integração da IA na educação se torne ainda mais sofisticada. A realidade aumentada, a realidade virtual e outras tecnologias imersivas estão começando a ser exploradas como ferramentas de apoio para criar experiências de aprendizagem mais ricas e envolventes. Estas tecnologias, combinadas com a IA, têm o potencial de transformar completamente a sala de aula tradicional, oferecendo experiências que são não apenas informativas, mas também personalizadas para a realidade de cada aluno.

Fontes