No mundo de hoje, a linha entre arte e tecnologia está se desfazendo, dando origem a uma nova forma de exercer a criatividade: código criativo. A codificação criativa é onde programação e expressão artística se encontram e código é utilizado com o objetivo de criar algo focado em forma, estética e tema, em vez de ser algo puramente funcional, desafiando os limites da arte tradicional. Neste artigo, vamos mergulhar em alguns exemplos dos meus exemplos favoritos dessa nova modalidade artística.
Apresentada pela primeira vez em 2016, a obra consiste em um braço robótico industrial programado para manter um líquido vermelho, semelhante a sangue, dentro de um espaço delimitado. O robô tenta constantemente conter o líquido que se espalha, simbolizando a luta incessante e fútil contra a desordem e o caos.
Apresentada pela primeira vez em 2008, a obra consiste em um grupo de espelhos motorizados que se movem e reagem à presença e aos movimentos dos espectadores, cada espelho, equipado com sensores, "observa" e responde aos visitantes, criando uma sensação de interação e diálogo entre o humano e a máquina. A instalação explora temas de percepção, comportamento coletivo, e a relação entre observador e observado, desafiando a noção de identidade e autoimagem na era digital.
Exibida na Turbine Hall da Tate Modern, em Londres, em 2003, a obra simula um sol artificial, utilizando uma grande semicúpula iluminada por centenas de lâmpadas monocromáticas, criando um ambiente envolto em névoa artificial que enche o salão. A instalação transforma o espaço, incentivando os visitantes a deitarem no chão e refletirem sobre a luz e a atmosfera, evocando um senso de conexão com a natureza, trazendo uma reflexão sobre a crise climática
Exibido pela primeira vez em 2019 no festival Artechouse em Washington DC, o conjunto de obras é gerado por um software que processa dados em tempo real, seja derivado da interação com o espectador (“Snowfall”), de redes sociais (“Amygdala”), de som (“Clepsydra”) ou do próprio software (“Multiverse”). Usando essa técnica generativa, a fuse* cria uma arte “viva” que se renova constantemente e muda diante dos olhos, recompensando a observação prolongada e as visitas repetidas do espectador.
Exibida pela primeira vez no Reino Unido em 2014, a obra é um ambiente imersivo colaborativo que atua como um 'parque de diversões' para interação em cidades inteligentes, usando lasers para gerar formas tridimensionais no ar, manipuladas por pessoas com as mãos, pés e corpos. Uma experiência intensamente colaborativa, as pessoas interagem com as formas e espaços uns dos outros através de gestos amplos e movimentos suaves, deixando paredes de luz ao redor delas, construindo estruturas complexas ou destruindo-as.